Meras Imagens...

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Karen Facchinetti

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quem irá nos proteger?


Todos os dias quando acordo
penso no tempo que passou
E penso que não sou mais tão jovem
e que os jovens não têm mais tanto tempo, muito menos a perder.

A verdade é que hoje cada um pensa ter seu próprio tempo, seu próprio espaço e suas próprias leis. A verdade é que há tempos um Estado se apropria das fragilidades e inquietações humanas para justificar suas invasões.
E eu me pergunto: temos mesmo o nosso próprio tempo, nosso espaço e nossas leis, se ainda continuamos a procurar uma Luz no fim do túnel que garanta ao menos um feixe de luminosidade aos direitos naturais de nossa liberdade e igualdade? Luz essa que nos prometeram e ascendemos com nosso próprio sangue...
Não, tudo o que temos é um simulacro do Progresso. Tudo o que a civilidade nos gritava em termos de avanço se esvaiu.
Deram–nos as grandes cidades, as fumaças, os carros e as enormes fábricas. Deram-nos um bonito escritório para trabalhar e o que consumir. A Vida se transformou num rentável produto para aqueles que incendiaram os ideais liberais em busca de uma riqueza exclusiva.
Prometeram-nos a luz da razão! Ao meu entender, do pensar. E em qual cenário nos encontramos? Homens e mulheres em seus estados primitivos, alienados de seu papel como cidadãos , matando e roubando em troca do prazer e de um status de felicidade que já disse Marx, não chegam nem perto das necessidades reais. Jovens inertes e alheios as mazelas da vida, programados ideologicamente a desacreditar seu país. Como disse um velho escritor: Foderam o Mundo!Outra palavra não cabe a ocasião.
A nós que buscamos a verdade, mesmo que tarde cheguemos a ela, pois longo e tortuoso é o caminho da claridade para aqueles que não nasceram dos reis ou dos grandes burgueses, resta-nos a memorável incumbência: ascender a chama de uma consciência esquecida, apagada e desvinculada de uma história mau contada.
Chegamos ao século XXI aparentemente globalizados, jogados, mas não esquecidos, e sem um Estado que garanta nossa segurança.
Achando que fazemos nossas próprias leis e iludidos com a falsa liberdade, tendo que assumir nossas decadências. Lutamos num passado pela liberdade, pelos direitos Humanos, mas o homem de Hobbes e Locke desfragmenta o poder de um povo em razão de suas próprias necessidades e paixões.
Um absurdo me surge: melhor não seria aceitar um prato de comida e assim garantir sermos parte de um coletivo? Alguém que nos garantisse o que de fato precisamos em essência?
Não, ainda não seria a melhor solução, voltar ao feudalismo seria um regresso, mas não menos ao que vivemos hoje.
O nosso Estado é mau e nosso estado inseguro.
Depois que a fé foi afastada dos princípios modernos e a razão nos invadiu a alma, cada um que garanta o seu...

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